terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ser empático - eu no seu lugar e você no meu.



 

Existiria menos sofrimento no mundo se todos fossem mais empáticos.
Vou pedir licença para começar a falar sobre empatia usando um trecho do autor Fernando Sabino, no livro O menino no espelho:

“ O homem disse que tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante:

_ Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto de sua vida?

_ Quero _ respondi.

 O segredo se resume em três palavras, que ele pronunciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus olhos: - Pense nos outros”.

Empatia é a colocar-se no lugar do outro e imaginar, supor os sentimentos tal qual o outro experiencia.

Por exemplo, um marido que grita com sua esposa, à medida que ele passa a imaginar o quanto chateia sua esposa com seu comportamento pode gradativamente ir diminuindo seu comportamento de gritar.

Um chefe que critica seu subalterno na frente do grupo pode supor como seu comportamento entristece seu funcionário e passar a falar com este separadamente.

As religiões ensinam a empatia.  O budismo diz: “não faça aos outros aquilo que você não quer que façam a você”. O cristianismo diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

A ideia aqui não é doutrinar, mas apontar como a cultura sugere que pensemos uns nos outros.

Quando eu penso no outro eu me comporto de maneira tal gerando conseqüências positivas para mim e para o outro.

Costumo brincar que um casal unido dá formação de quadrilha por que é muito interessante observar como uma relação de lealdade onde um pensa no outro e comporta-se a partir de tal é forte.

A sensação de que o outro fez coisas por mim pode contribuir para que eu queira fazer mais coisas pelo outro.

Na sociedade de hoje o que vemos é o aumento da evidência do papel do indivíduo. João ou José é um homem de sucesso, como se para isso não tivesse sido necessário que ele estabelecesse grupos e parcerias, que fosse ajudado.

Quando eu coloco o indivíduo na frente do grupo eu contribuo para que a rivalidade e a competitividade cresçam e assim as relações pessoais ficam mais frágeis.

Já ouvi dizer que em tribos indígenas todos são responsáveis por todas as crianças, seja este filho ou não.

Quando eu me comprometo com o outro, seja ele familiar, amigo ou desconhecido eu cuido do outro e assim contribuo para que a vida em sociedade seja mais saudável e feliz.