segunda-feira, 27 de abril de 2009

Procrastinação: adiamento de tarefas.





Procrastinação...resolvi escrever sobre este tema por que é exatamente isto que estou a fazer com este blog. Vou explicar, escrever para mim é algo que me gera muita ansiedade, antes mesmo de começar fico pensando por horas ou dias sobre que tema poderia escrever, se tem relevância social, se as pessoas gostariam de ler e tal. Todo esse processo gera em mim uma grande ansiedade e esta ansiedade vai aumentando numa tal proporção que eu fujo, me esquivo de escrever e o resultado é que não escrevo e continuo a procrastinar.
Trocando idéias com uma amiga jornalista , ela me disse que fazemos isto o tempo todo e completou dizendo que : “De repente lavar louça e banheiro são uma delícia”, adorei o comentário. Exatamente isto, para evitar fazer aquela atividade que nos é aversiva, no meu caso escrever, topamos fazer até outras menos aversivas para aliviar a ansiedade.
No estudo ou no trabalho, o adiamento de tarefas pode trazer um sofrimento muito grande para o indivíduo. Ele pode ser cobrado, rotulado e ter consequências mais sérias como deixar de entregar um trabalho e ficar sem nota e/ou perder o emprego.
Para lidar com esta dificuldade a estratégia principal é o enfrentamento, se propor a executar a tarefa que gera a ansiedade e executá-la mesmo que isto necessite de horas na frente do computador e um trabalho medianamente desenvolvido. A realidade é que enfrentar essa situação trás um produto, o trabalho, que vai contribuir para a diminuição da ansiedade numa situação similar futura.
Outra estratégia é efetuar uma lista de atividades necessárias e ir colocando datas para executá-las e as riscando quando elas são cumpridas.
É importante interromper o ciclo e não deixar que esta dificuldade torne-se crônica trazendo maiores prejuízos à vida do indivíduo.
Acho importante terminar dizendo que em alguns graus a busca de um auxílio através de um processo de psicoterapia pode contribuir para uma solução mais rápida e eficaz desta dificuldade.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Conversando com os filhos sobre sexo.



Por formação e avaliação da importância, tenho afinidade em falar sobre a temática da sexualidade.
Dia desses fui convidada a conversar sobre este tema em uma escola estadual da cidade de Limeira. O grupo com quem conversei era composto de alunos do Ensino Médio, com idade média de 17 anos, idade essa em que muitos estão começando ou já iniciaram sua vida sexual (segundo dados do Ministério da Saúde, o adolescente brasileiro inicia sua vida sexual por volta dos 14 anos e a adolescente por volta dos 15 anos).
Entre outras questões referentes a temática da sexualidade, conversamos sobre a morfologia humana, diferenças entre gêneros, DSTs, orientação sexual, prevenção às doenças e à gravidez, afetividade.
Sempre é muito interessante observar a adesão e receptividade dos jovens quando nos propomos a falar sobre este tema. Sinto que eles se sentem respeitados, ouvidos, acolhidos.
Num dado momento da conversa propositadamente perguntei quem já havia falado com os pais sobre sexo, de um grupo de pouco mais de vinte alunos, duas foram as mãos que vi levantadas e então conversamos sobre a dificuldade que os pais tem de conversar sobre este tema.
Sexo ainda é tabu. Conversar sobre sexo é essencial para um bom desenvolvimento da sexualidade.
Entendo quando os pais dizem que não se sentem preparados para discutir o tema, nós fazemos aquilo que sabemos fazer, e em geral os pais de hoje também não tiveram pais que conversaram com eles sobre sexo. No entanto, sempre é possível aprender. Buscar leituras sobre os temas, assistir palestras, filmes, conversar com profissionais da saúde e/ou educação pode contribuir para que os pais se sintam mais seguros para abordar o tema.
Acho importante frisar que os pais não precisam iniciar “ a conversa” dando tom de formalidade a questão, é possível e até mais agradável aproveitar os acontecimentos do dia-a-dia, a cena da novela, a reportagem do jornal ou tv para iniciar o que pode ser uma proveitosa troca de idéias. Digo troca de idéias, porque é importante que o adolescente ou mesmo criança seja ouvido. Mais que informação é necessário boa vontade, saber ouvir e evitar “dar lição de moral”.
É essencial que a conversa aconteça antes da problemática na vida da criança e/ou adolescente.
Prevenção pode contribuir para o desenvolvimento de uma vida sexual saudável.
Para os pais é enfrentar a timidez e assumir esta responsabilidade.