quarta-feira, 28 de maio de 2014

A importância da orientação profissional para o adolescente.


 

 
 

“ Saber “quem eu sou” e “como sou” é que permite escolher “o que fazer” e como fazer”.

Neiva(1995) apud Moura(2008)

 


O trabalho é uma atividade de grande importância na vida das pessoas.

O momento da escolha profissional vem com muitas dúvidas para o adolescente.

As dúvidas acontecem porque toda decisão implica numa escolha, numa perda.

Todos nós podemos desempenhar com competência e desenvoltura várias atividades ao longo da vida, mas em geral escolhemos e cursamos um curso de cada vez. Sendo assim quando a pessoa escolhe um curso mesmo que momentaneamente ela está dizendo não para outras possibilidades.

O mercado de trabalho hoje apresenta inúmeras alternativas. E neste ponto ocorre o que pode ser um grande problema. O adolescente tem que fazer uma única escolha num vasto universo de opções.

Dado este panorama é comum o adolescente pensar:

Quem sou eu?

O que eu quero para mim?

Que curso eu devo escolher?

Em qual faculdade?

Humanas, Biológicas ou Exatas?

Quanto tempo irá demorar?                              

Tenho características que este curso requer?

Este curso pode me trazer status social?

Terei possibilidade de um bom retorno financeiro?

O que meus pais vão achar de minha decisão?

Qual o meu projeto de vida?

Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas.  Nessa hora um trabalho de orientação profissional se faz importante para que ocorra uma escolha consciente.

A orientação profissional é um trabalho efetuado por um profissional psicólogo. Neste trabalho são realizadas diversas atividades que têm por objetivo desenvolver o autoconhecimento do adolescente e ampliar seu conhecimento sobre as profissões e o mercado de trabalho.

Quando o adolescente tem consciência de suas possibilidades e também de suas limitações ele tende a considerar estas em seu projeto profissional.

Um autoconhecimento deficitário pode contribuir para que o adolescente faça uma escolha que futuramente pode apresentar-se errônea.

Por exemplo, um adolescente pode admirar a profissão de engenheiro, saber que o mercado de trabalho é propício para esta área e da possibilidade de altos ganhos salariais, mas ao mesmo tempo ter significativa dificuldade para as disciplinas nas áreas de exatas. Esta dificuldade poderia impossibilitar a escolha deste adolescente pela profissão de engenharia uma vez que ele teria sérias dificuldades no decorrer do curso e alta probabilidade de desistência do mesmo acarretando prejuízos financeiros e emocionais.

Para que ocorra uma escolha profissional madura é necessário que o adolescente desenvolva algumas habilidades importantes no seu processo de decisão.

A entrada na faculdade e no universo do trabalho pode ser um momento muito feliz na vida do indivíduo. Uma escolha profissional adequada contribui para que a pessoa desenvolva uma atividade profissional com muito prazer, contribui para que a pessoa tenha uma vida feliz.

 

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Neiva, K. M. C. Escala de maturidade para orientação profissional(1999). In: Moura, C. B. Orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento.Campinas. Editora Alínea(2008).

 

 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A difícil arte de mudar



 

 

 “Estou sempre a fazer algo que não consigo, com vista a aprender como fazê-lo.”

                                                                                          (Pablo Picasso)

 

 

 

 

Nós no cotidiano nos acostumamos a sempre fazer as mesmas coisas, ir ao mesmo supermercado, fazer o mesmo caminho de casa para o trabalho, pedir o mesmo prato no restaurante de sempre.

É comum fazermos aquilo que já é conhecido com receio de experimentar o novo.

A conseqüência é que limitamos o nosso conhecimento do mundo.

Quando mudamos o nosso caminho corremos o risco de conhecer algo novo, prazeroso, agradável... Aquele café charmoso que nunca tínhamos visto aquela loja com ótimas roupas e um preço especial, o lindo cachorro caramelo daquela simpática casa repleta de hortênsias.

Mudar o caminho, viajar para destinos desconhecidos, fazer novos amigos nos faz mais hábeis, mais fortes.

A mudança trás um desconforto passageiro, mas como diria o escritor alemão Hermann Hesse “ser é ousar ser”.

Mudar não é fácil, costumo dizer que é colocar o desconforto no bolso, levá-lo junto e caminhar rumo ao novo. Fazer algo novo pode ser bem interessante e no fim fora o que for descoberto fica o orgulho de si próprio em ter tido coragem de ir em frente.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ser empático - eu no seu lugar e você no meu.



 

Existiria menos sofrimento no mundo se todos fossem mais empáticos.
Vou pedir licença para começar a falar sobre empatia usando um trecho do autor Fernando Sabino, no livro O menino no espelho:

“ O homem disse que tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante:

_ Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto de sua vida?

_ Quero _ respondi.

 O segredo se resume em três palavras, que ele pronunciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus olhos: - Pense nos outros”.

Empatia é a colocar-se no lugar do outro e imaginar, supor os sentimentos tal qual o outro experiencia.

Por exemplo, um marido que grita com sua esposa, à medida que ele passa a imaginar o quanto chateia sua esposa com seu comportamento pode gradativamente ir diminuindo seu comportamento de gritar.

Um chefe que critica seu subalterno na frente do grupo pode supor como seu comportamento entristece seu funcionário e passar a falar com este separadamente.

As religiões ensinam a empatia.  O budismo diz: “não faça aos outros aquilo que você não quer que façam a você”. O cristianismo diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

A ideia aqui não é doutrinar, mas apontar como a cultura sugere que pensemos uns nos outros.

Quando eu penso no outro eu me comporto de maneira tal gerando conseqüências positivas para mim e para o outro.

Costumo brincar que um casal unido dá formação de quadrilha por que é muito interessante observar como uma relação de lealdade onde um pensa no outro e comporta-se a partir de tal é forte.

A sensação de que o outro fez coisas por mim pode contribuir para que eu queira fazer mais coisas pelo outro.

Na sociedade de hoje o que vemos é o aumento da evidência do papel do indivíduo. João ou José é um homem de sucesso, como se para isso não tivesse sido necessário que ele estabelecesse grupos e parcerias, que fosse ajudado.

Quando eu coloco o indivíduo na frente do grupo eu contribuo para que a rivalidade e a competitividade cresçam e assim as relações pessoais ficam mais frágeis.

Já ouvi dizer que em tribos indígenas todos são responsáveis por todas as crianças, seja este filho ou não.

Quando eu me comprometo com o outro, seja ele familiar, amigo ou desconhecido eu cuido do outro e assim contribuo para que a vida em sociedade seja mais saudável e feliz.